quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Uma Mulher (pauloPioner)

e era uma mulher assim,
como todas,
e era uma mulher assim,
como nenhuma,
trazia em sí todos os sonhos,
trazia em sí todos os pesadelos,
como talvez tragam todas as mulheres...
que sei?
só sei que tinha os olhos lindos,
verdes como a Amazônia inteira,
assim como Tatiana.
um sorriso inigualável,
sorriso de inaugurar primaveras,
como os que brotavam
da boca de Rosana.
tinha os lábios doces e suculentos,
como um pêssego maduro,
bem como eram os de Deise.
tinha sonhos irrealizados e doidos,
desejos secretos represados,
como os de Carla,
a sua beleza era pura e singular,
de tantas varias nuances de flores,
bem ao modo de Rejane.
o viço selvagem e entusiasmado,
o mistério poderoso da felina,
tal qual dançante Cristine.
a coragem e a determinação,
a mística da fêmea resoluta,
como só Angela.
e era frágil e carente,
forte e apaixonada,
como só uma mãe sabe ser,
assim como Teresinha.
e tinha o corpo quente e macio,
a chama das fogueiras de São João,
como o calor de Janaína.
e era malucamente maravilhosa,
louca, artista e arteira,
como Fernanda
trazia a emoção do primeiro beijo,
da sempre primeira namorada,
que traz a lembrança de Verinha.
e era a musa de todas as canções,
pois todo verso do poeta,
é sempre pra sua amada,
como pra sempre Juliana.
são todas mulheres que existem,
também mulheres que inventei,
são todas mulheres que amo,
talvez mulheres que amarei,
e todas as mulheres numa só,
como só ela soube ser,
que aprendeu acender o sol,
pra fazer o dia amanhecer

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