sábado, 13 de outubro de 2007

é tudo que eu quero ser II (aos doidos originais) (pauloPioner)

agora há mais azul no céu,
mesmo que seja noite,
há mais uma estrela que brilha,
como a muito não se via,
agora há mais um motivo para sorrir,
agora há só alegria,
agora ha festa na aldeia,
dia e noite, noite e dia,
e a noite entende o sinal,
o potro arrebenta a soga,
e galopa campo afora afinal,
campos sem alambrados,
campos sem fronteiras,
daqueles que lutavam juntos,
mesmo em diferentes trincheiras,
agora o pássaro abre suas asas,
e estoura as grades da gaiola,
nada detém a verdade,
quando ela faz-se senhora,
verdade que sempre é,
verdade que sempre foi,
o que é brota,
mesmo sob o asfalto,
rompe muros de concreto,
pequena e frágil semente,
como eu gosto desta gente,
mesmo que não demonstre o quanto,
mesmo que ande ausente,
tanto tempo pelos cantos,
levo sempre,
sob a estrela,
dentro do coração,
que é a minha fogueira,
alumiando-me a escuridão

Nenhum comentário: