terça-feira, 9 de outubro de 2007

"Da voz" (paulopioner)

"Velha druida com olhos de cortesã"
tão velha quanto é velha,
cada nova manhã,
olhar que atravessa tempos e sombras
brumas de Avalon,
fog londrino
ou tênue devaneio
de um velho menino
em lábios entreabertos,
mantém sonhos despertos
abrem-se as portas do destino,
em desatino completo
de quem busca cumprir o último desejo
e se transfigura em totalmente luz
ao fim calmo de um último beijo

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