domingo, 3 de fevereiro de 2008

Lua Cheia (à maneira de Chico Buarque)

ninguém sabe das noites malucas
a lua sabe
ele me atiça, provoca, cutuca
ele me sobe
joga longe o travesseiro
joga seu corpo no meu
queira ou não queira o parceiro
tudo que tenho é seu
precisa ver como brinca o safado
seu corpo afundado no meu
me xinga, me bate, sai cansado
depois que fogueira ardeu
vai embora como veio
pra voltar quando menos espero
apalpar-me nádegas e seios
se não vem, me desepero
afago as marcas roxas
que deixou pra me agradar
aliso e abro minhas coxas
pra quando ele voltar
embriagado como de hábito
co'as mão cheias de calo
seu costumeiro mau hálito
e seus carinhos de cavalo
mas se pensam que reclamo
estão enganados meu nêgo
a verdade é que eu te amo
te amo, gosto e não nego
hoje a lua esta cheia
e por certo a noite será
eu sou mesmo a sua ceia
e ele se fartará

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