Outro dia arrebenta no asfalto
outro corpo boia no charco
mas o dia que não nasceu
ameaça cada vez mais
alçar vôo do túmulo do breu
e lançar afiados punhais
outro corpo boia no asfalto
outro dia arrebenta no charco
navega inchado o poeta maldito
o canto calado, o verso banido
lateja na consciência o escrito
e ecoa pra sempre o ganido
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