o nome dela era Isabel
era não, é
hoje fui descobrir,
escrito num crachá
de uma empresa qualquer
tanto quis saber seu nome um dia
para colocar no poema que escrevi
nunca soube
soube agora
e o poema
muda o nome escrito?
ou fica aquele imaginado?
o que ficou de hoje?
o que fixou do passado?
são décadas, não dias
quase uma musa
ou seria?
dos sonhos adolescentes
juvenis, semi adultos, sei lá
de lugares distantes no tempo
o que diria hoje?
o que seria?
palavras formais
encobrem uma paixão antiga
tão antiga
que parece ter caducado
o que fixou de hoje?
o que ficou do passado?
melhor deixar assim
sem começo, nem fim
musas são para pedestais
para templos imaginários
para tempos imaginários
o nome dela era Isabel
é Isabel...